Belmont mantém a ótima fase em Aftermath

Grupo começou março com o segundo álbum de estúdio

Capa: Pure Noise Records

Se destacando com um dos nomes mais promissores do easycore/pop punk estadunidense, os chicagoenses da banda Belmont lançam seu mais novo full, segundo na discografia, intitulado Aftermath. Mantendo a receita que fez a banda ganhar espaço nas mídias, as 12 faixas presentes no álbum passeiam entre o peso, e a melodia característica da banda. Mesmo com a saída de um dos guitarristas, a banda ainda se manteve em pé e produzindo, não deixando a peteca cair no quesito qualidade.

(Foto: Alex Zarek)

O disco abre com a envolvente Fully Set, que já devolve o mesmo feeling apresentado no último álbum, além, também, da mixtape que a banda liberou no final de 2021, onde antecipou duas faixas presentes no Aftermath. Parasitic brinca com suas guitarras ritmadas e seu espírito jovem, ao mesmo tempo que apresenta sintetizadores muito bem organizados, – destaque para o clipe que PRECISA de uma continuação – a música ainda conta com riffs mais pesados do ponto de vista da banda.

Bowser’s Castle foi o primeiro single lançado, que logo após viraria o álbum de fato. Com um ar também jovial, a track brinca com essa estética mais 8-bit, principalmente em suas guitarras. Já nas seguintes Pain Now e In My Skin, vemos uma dualidade de criatividade que é algo bem característico do Belmont, onde up’s and down’s se encontram de forma síncrona.

A sexta faixa do disco é, com certeza, a cereja do bolo. Country Girl leva, além do nome, riffs característicos do country estadunidense, mesclados com a métrica do easycore, algo extrovertido e interessante, principalmente em seu refrão que gruda feito chiclete na cabeça! Top Gun (From the Top) é rápida e direta, com muita melodia e notas que você não consegue identificar de qual lado do fone vem, uma das musicas com mais cara de easycore do disco. A seguinte, 4am // Disappear vem de calmaria e entrega, métrica que não podia faltar em um play do Belmont, onde tudo parece simples, até crescer e ganhar vida nos minutos finais.

Never Foundsegue quase que na mesma linha, um pouco mais cadenciada, porém com muita personalidade e segredos a serem descobertos, com diversos elementos dentro de 3 minutos de música. Flertando com aquele espírito aventureiro, Guilt Trip é perfeita, assim como o nome, para ouvir no carro após uma viagem cheia de coisas para se arrepender. Com uma baita ambiência, a track também se destaca na tracklist.

What I Lack foi o último single lançado pela banda antes de liberar o disco, e terminou de deixar os fãs tranquilos de que mais um ótimo álbum estaria chegando. Com um ar de paraíso, a música brinca com um lance mais happyrock, claro, sempre atrelado ao easycore muito bem executado da banda. Fechando as doze faixas do disco, temos Advanced Darkness, som que termina de forma magistral o segundo full da banda, deixando aquele gostinho de quero mais, após ter entregue uma obra-prima para os fãs.

Para fãs de: Trash Boat, Like Pacific e Boston Manor