Em seu sexto álbum, The Word Alive decidiu continuar seguindo a linha Metalcore mais melódico, como em Violent Noise, trazendo mais do vocal limpo de Tyler Smith e levando todos à loucura (literalmente).

MONOMANIA foi lançado em 21 de fevereiro de 2020 e teve 90% de aprovação. Foi produzido pela própria banda com a participação de Erik Ron e, claro, teve diversas críticas positivas. Wall Of Sound chegou até a pontuar que o álbum era um dos principais candidatos a Álbum do Ano.

Orgulho do que eles se tornaram, né?

Ouvir MONOMANIA é como mergulhar profundamente em todas as suas imperfeições e vulnerabilidades, no seu pior “eu”, mas de uma forma estranhamente boa. O álbum é capaz de causar todo o tipo de sensação e é, sem dúvidas, uma das melhores características dele. É o tipo de álbum que faz você amar todas as músicas e ouvi-las sem parar durante semanas. É surreal o que esses caras criaram.

O álbum já começa com a faixa MONOMANIA que grita explicitamente o quanto é sufocante estar dentro de uma loucura que você não pode controlar e como é desesperador não ter ninguém que possa te ouvir e te ajudar. “It’s like a war from within just to let go, killing ourselves to cope”. Trevas, ansiedade, loucura, guerra interior. É sobre tudo isso, sobre estar sozinho, sobre sucumbir dentro de si mesmo e lutar insanamente por uma saída — Quem é que não trava uma batalha dentro de si todos os dias que jogue a primeira pedra.

NO WAY OUT foi o single que surpreendeu todo mundo e recebeu uma chuva de críticas positivas. É uma música que, enquanto as pessoas ouvem, sentem sua alma sair do corpo e dançar por aí e bater cabeça. Faz todos viajarem para muito longe. O lírico dela é simplesmente coisa de outro mundo, mas a letra… PESADÍSSIMA.

Alerta de gatilho! “I never learned how I need to let go. It’s all too much so swallowed the pain away, I couldn’t stay”. NO WAY OUT é literalmente não saber lidar com os pensamentos ruins, com as crises e não ter saída. Quantos não se sentiram ou não se sentem assim? The Word Alive sabe muito bem tocar na ferida e ainda te fazer se sentir infinito.

ANOTHER YEAR IN THE SHADOWS. O nome já diz tudo, né? É sobre ver quem você mais ama desaparecer aos poucos, sucumbir na sua frente enquanto você não pode fazer absolutamente nada. Desesperador. O refrão quebra você completamente, parte o seu coração em milhares de pedaços.

“You live like a ghost, but you’re still here
Say I love you the most, but you can’t hear

And when we die, it’s you and I
Maybe we’ll finally make things right
‘Cause I love you the most, but you can’t feel
You can’t feel”

As pessoas com certeza ficam se perguntando o que os meninos estavam passando ou pensando enquanto criavam esse álbum, porque ele, ao mesmo tempo que é maravilhoso de ouvir, é doloroso quando você o entende por completo. Os caras realmente queriam fazer o público sofrer. E conseguiram.

BURNING YOU WORLD DOWN é, definitivamente: “Você me destruiu e agora eu farei o mesmo com você, só que pior”. Toda a melodia a gostosa de ouvir, a bateria não é desse mundo. Toda a batida, a guitarra. Não tem como não pirar ouvindo cada música desse álbum. Cada música se completa. Cada uma conta uma história. A história da vida de cada pessoa desse mundo. O lado sombrio que todos tentam esconder.

COMFORT & CAOS é consagrada uma das melhores músicas do álbum. É a mais melódica, mais “calma” e fala sobre deixar a pessoa que você mais ama ir embora. Às vezes não é para dar certo, sabe? E mesmo com todo o caos, você se sente seguro porque sabe que fez o que pode. “The pain defines you”. É impossível não pegar um amor, um carinho por essa faixa. A melodia, o vocal e toda a harmonia, o conjunto de tudo é algo mágico, de outro universo. Faz a pessoa se sentir acolhida quando nada mais faz sentido. E, mesmo que ela não entenda o que está acontecendo, quando tudo é apenas caos, há conforto.

DEATH IS ONLY THE END IF YOU ASSUME THE STORY IS ABOUT YOU. Esse é um dos melhores nomes de música já criados. Não tem como discordar disso. Uma das músicas mais pesadas do álbum, com uma letra do *******, que faz todos sentirem a necessidade de sair gritando “Awaken me, recovery”. É a última faixa do álbum – eles realmente fecharam com chave de diamante, não foi nem ouro –, com uma letra pesadíssima sobre não conseguir lidar com o luto, com perder alguém que você não consegue viver sem, e agora tudo o que resta é o vazio, a desesperança e tudo o que há de ruim.

The Word Alive entregou tudo e mais um pouco com esse álbum, sem dúvida um dos mais consistentes do Metalcore dos últimos anos. Não há como negar a evolução deles e todo o storytelling de MONOMANIA, tudo o que as pessoas não conseguem confessar sobre si mesmas.

E os meninos nos deixam uma mensagem importante com esse álbum: “Não importa o quão sozinho cada um se sinta, todos têm as suas inseguranças, suas batalhas internas, e a morte é só o fim se eles presumirem que tudo se resume a eles.”

Para fãs de: Bad Omens, I See Stars e blessthefall