The Devil Wears Prada retorna ao Brasil após 13 anos
Banda desembarca no país em Curitiba e São Paulo no mês de agosto e conversa com Downstage sobre os tão esperados shows

Os veteranos do The Devil Wears Prada, expoentes do metalcore, retornam para a América do Sul no mês de agosto com 8 shows marcados, finalizando a turnê no Brasil, após 13 anos de espera dos fãs. A última passagem da banda pelo país foi em 2012, também com shows nas cidades de Curitiba e São Paulo, mas na ocasião acompanhados das bandas Whitechapel e Architects, onde divulgavam o recém lançado Dead Throne, 4º álbum de estúdio da banda.
Desta vez, o sexteto vem para acalmar a nostalgia dos fãs sul-americanos, trazendo uma mistura de passado e presente, apresentando um setlist com todas as suas eras, além dos mais recentes singles lançados, “Ritual” (2024) e “For You” (2025). O Downstage bateu um papo com o vocalista Mike Hranica, explorando assuntos sobre composições, novidades e como está a expectativa da banda para esse retorno a América do Sul.
A BANDA 13 ANOS DEPOIS

Muita coisa mudou no The Devil Wears Prada desde a sua última passagem pelo Brasil, seja musicalmente, esteticamente e, também, na composição dos membros. Houveram diversas mudanças no cast dos músicos, permanecendo daquela época somente o vocalista Mike e o guitarrista e também vocalista, Jeremy DePoyster. Mudanças essas que são fáceis de serem notadas, se comparadas com a última vinda em 2012.
“Definitivamente, temos um tipo diferente de energia que tentamos trazer agora e, sim, apenas gerar o máximo possível com nossos shows e tudo mais. Experimentamos papéis diferentes em termos de quem tem mais responsabilidade e quem não tem, e isso está sempre evoluindo. Sabe, meio que funciona organicamente. Muita coisa mudou”, comenta o vocalista.
Algo que também fica evidente na banda é a facilidade e necessidade de escrever e falar sobre emoções viscerais e sentimentos simples. Canções como “Chemical” ou “Cancer”, por exemplo, retratam exatamente essa temática, onde é na música que eles encontram uma forma de exteriorizar tudo aquilo que tem guardado dentro de cada membro, mesmo que seja difícil de enfrentar.
“Eu acho que certamente muda entre os membros, no que diz respeito a, sabe, expressar vulnerabilidade e ir a lugares difíceis de falar ou de colocar em palavras, […] temos mais músicas chegando e elas certamente tocam em alguns pontos fracos nossos e podem ser difíceis, mas, ao mesmo tempo, acho que é muito importante. Não queremos ser falsos com nossas músicas ou sinceridade de forma alguma”, revela Mike.

Muito do explorar de temas e também de sonoridades vem da parte criativa aflorada que a banda possui, sempre entregando um trabalho diferente do outro ao longo dos 20 anos de atividades. Discos mais antigos como o agressivo With Roots Above and Branches Below (2008), pouco se assemelham aos mais recentes, como é o caso do último trabalho de estúdio, Color Decay (2022), sejam em progressões, como simplesmente na forma de compor.
“Há muito mais análise, sabe, colocando tudo sob o microscópio para tentarmos nos apropriar das coisas da melhor forma possível. E, sabe, sempre nos interessamos em fazer linhas bem pop ou linhas bem envolventes e depois partes pesadas. Então, acho que antes essas linhas eram mais uma reflexão tardia. Hoje em dia, eles são realmente a alma da música, muito mais”, explica o vocalista.
A VINDA AO BRASIL

E a expectativa da banda para esse retorno após 13 anos está simplesmente enorme. Reencontrar velhos conhecidos, visitar novamente lugares onde passaram na última turnê, tudo, para eles como banda, tem um significado especial.
“Estamos muito animados! Só tivemos uma única oportunidade de vir, então tivemos dois shows e foram incríveis. E, bem, sim, já estava na hora. Teremos muitas músicas novas para tocar e algumas antigas também, então vai ser ótimo!”, comemora Mike.
Os fãs do The Devil Wears Prada podem esperar dois shows intensos e marcantes, começando por Curitiba no dia 16/08, no Jokers, e finalizando no Carioca Club, em São Paulo, no dia 17/08.