10 discos clássicos de ska-punk que você precisa ouvir!
Preparamos uma seleção com os principais discos de ska-punk para conhecer o gênero e se deixar levar pela energia contagiante e irreverente da terceira onda do ska

Misturando o ska tradicional jamaicano com a agressividade e a sonoridade acelerada do punk rock, o ska-punk nasceu na década de 1980 e ao longo dos anos foi ganhando mais notoriedade e se tornando um subgênero relevante dentro do ska e do punk. Com a influência da segunda onda do ska, também conhecido como 2 Tone, que trazia elementos do punk e da new wave da época, o ska-punk se destacou nos Estados Unidos (principalmente na Califórnia), onde as bandas mais clássicas do gênero fizeram seu nome.
Com metais vibrantes, letras irreverentes ou com forte engajamento político, combinando a descontração com agressividade e atitude, o ska-punk rapidamente ganhou o cenário underground e teve sua explosão na década de 90, onde atingiu o mainstream e ganhou protagonismo em grandes festivais, rádios e espaço na MTV com seus videoclipes ensolarados e cativantes.
Selecionamos 10 discos que se tornaram verdadeiros clássicos dentro do gênero e que foram lançados por bandas que ajudaram a moldar e a popularizar o ska-punk ao longo das décadas.
Operation Ivy – Energy (1989)
Um dos álbuns mais influentes (se não o mais) do ska-punk, Energy foi lançado em 1989 e se tornou uma cartilha do gênero. O disco traz, ainda de maneira crua e direta, as principais características do estilo, com a velocidade do punk se misturando ao ritmo irreverente e dançante do ska. Energy conta com pérolas como “Knowledge”, “Sound System” e um cover da canção “One of These Days”, de Frank Sinatra. Além de lançar um dos discos mais importantes do ska-punk, a banda formada em Berkeley, Califórnia, ainda tinha em sua formação Tim Armstrong e Matt Freeman, dois nomes que formaram outra banda seminal para o punk e que você também vai encontrar nesta lista.
Goldfinger – Hang-Ups (1997)
Liderada pelo músico e produtor John Feldmann, o Goldfinger é outra banda que faz uma mistura perfeita de punk e ska, principalmente em seus três primeiros trabalhos. Hang-Ups, segundo álbum da banda de Los Ángeles, é outro clássico do ska-punk. “My Head” e “This Lonely Place”, os dois singles de trabalho do disco, são ótimas músicas e são um ótimo cartão de visitas para a sonoridade do Goldfinger, mas é com a faixa de abertura “Superman” que o grupo colocou seu nome na história. A música se popularizou entrando para a trilha sonora do icônico jogo de skate lançado para Playstation Tony Hawk’s Pro Skater. Só por conter essa pérola do ska-punk no tracklist o álbum já seria digno de participar de qualquer lista, mas com a alta qualidade das outras canções, o título de clássico é mais do que merecido.
Reel Big Fish – Turn The Radio Off (1996)
Turn The Radio Off foi o álbum responsável por colocar o Reel Big Fish no mainstream. A banda de Huntington Beach acertou a mão em seu segundo disco, que conta com boa parte dos maiores hits do grupo como “Sell Out”, “She Has A Girlfriend Now”, “Trendy”, “Everything Sucks”, “Beer” e “Snoop Dog, Baby”. O Reel Big Fish traz a essência da diversão e da irreverência do ska como principal ingrediente de suas composições, fazendo dos shows ao vivo uma verdadeira festa. Se você curte o lado mais divertido e dançante do ska-punk, o Reel Big Fish é a banda certa.
Less Than Jake – Hello Rockview (1998)
Outra banda que sabe explorar com maestria a mistura de punk com ska, entregando canções com uma energia explosiva. Seu terceiro disco, Hello Rockview, é o primeiro com o trombonista Pete Anna, que entrou para a banda durante as gravações do álbum (e saiu em apenas em 2001). É também o segundo e último trabalho lançado pela Capitol Records. O grupo de Gainesville, se destacou como um dos principais nomes da explosão do ska-punk na década de 90, fazendo barulho com faixas como “History of a Boring Town” e “All My Best Friends Are Metalheads”.
No Doubt – Tragic Kingdom (1995)
Outro fenômeno da terceira onda do ska, o No Doubt se consolidou no mainstream com o lançamento de seu terceiro disco, Tragic Kingdom. A roupagem mais comercial do ska-punk funciona perfeitamente no álbum, fazendo do trabalho o mais bem-sucedido comercialmente do grupo, atingindo o número na Billboard 200. Com sete singles lançados, a obra é uma coleção de hits, com sucessos como “Just a Girl”, “Spiderwebs” e “Don’t Speak”. A vocalista Gwen Stefani furou a bolha do ska-punk e se tornou uma das maiores artistas pop de sua geração. Tragic Kingdom não é somente um clássico do ska-punk, mas um clássico dos anos 90.
Sublime – Sublime (1996)
O terceiro álbum da banda formada em Long Beach é, na verdade, um trabalho póstumo. O vocalista Bradley Nowell morreu de overdose de heroína dois meses antes do lançamento do disco. Considerado um clássico do ska-punk e da década de 90, o trabalho se destaca por flertar com outros gêneros musicais como reggae, dancehall, dub music e hip-hop, tornando a sonoridade do Sublime muito mais interessante e ampla. O disco tem alguns dos maiores sucessos da carreira do Sublime, como “What I Got”, “Wrong Way” e “Santeria”. Mesmo com a tragédia envolvendo Bradley, a banda se tornou um dos maiores nomes do gênero e em meio a alguns hiatos, segue em atividade, lançando trabalhos com o músico Rome e, atualmente, com Jakob Nowell, filho de Bradley.
Rancid – Life Won’t Wait (1998)
O Rancid não é apenas um dos maiores representantes do ska-punk, como também leva o título de um dos maiores nomes do punk rock. Liderado pelos vocalistas e guitarristas Tim Armstrong e Lars Frederiksen, a banda de Berkeley coleciona clássicos em sua discografia como o icônico …And Out Come The Wolves (1995) e o influente Let’s Go (1994). Mas é no álbum Life Won’t Wait que a banda explora a fundo as sonoridades jamaicanas, seguindo o caminho trilhado pelo The Clash quando lançou o grandioso Sandinista! (1980). O disco foi gravado nos Estados Unidos e na Jamaica, contando com a contribuição de vários artistas jamaicanos de reggae. Uma obra que merece ser explorada e revisitada e que mostra toda a criatividade e a expansão musical do Rancid em faixas como “Bloodclot”, “Hooligans” e “Who Would’ve Thought”.
Mad Caddies – Just One More (2003)
Diferente das outras bandas de ska-punk, o Mad Caddies adiciona outros gêneros musicais ao seu tempero, como reggae, jazz, música latina e até mesmo um pouco de polca. Imagine misturar música latina e caribenha com hardcore? Bom, basta ouvir Just One More para ver o resultado. O Mad Caddies é uma banda que soube continuar relevante nos anos 2000 e não ficou refém da explosão do ska-punk nos anos 90, entregando em Just One More um dos trabalhos mais interessantes e memoráveis de sua discografia, misturando ska com uma vibe boêmia que funciona estranhamente bem.
The Mighty Mighty Bosstones – Let’s Face It (1997)
Formada em Boston, Massachusetts, o The Mighty Mighty Bosstones mantém seus pés firmes no ska-punk. Fazendo um som com um toque mais “elegante”, a banda encontrou em seu quinto disco de estúdio o seu maior clássico. Let’s Face It é um trabalho que não passa despercebido entre os entusiastas do gênero e colocou o grupo entre os grandes nomes do ska. Faixas como “The Impression That I Get”, “The Rascal King” e “Royal Oil” são os destaques do álbum.
Save Ferris – It Means Everything (1997)
O álbum de estreia do Save Ferris se tornou o seu clássico. Lançado em 1997, It Means Everything chegou ao número 75 da Billboard 200 e rendeu para o grupo uma participação no Warped Tour e a oportunidade de fazer turnês com bandas como Goldfinger, The Offspring e Sugar Ray. Trazendo o lado mais radiofônico do ska-punk, um dos pontos altos do trabalho são os vocais marcantes da vocalista Monique Powell. Um dos maiores sucessos do disco é o cover de Dexys Midnight Runners chamado “Come On Eileen”. Outros destaques do play são as músicas “Goodbye”, “The World is New” e “Superspy”.