Do pior ao melhor álbum do Underoath, segundo nossos leitores
Nossos leitores foram convidados a rankear a discografia da banda
Considerado um dos pilares do post-hardcore, o Underoath deixou sua marca no gênero e se consolidou como uma das principais referências do metal moderno. Com diversas mudanças em sua formação e uma discografia diversificada, a banda criou uma personalidade única e inconfundível, se mantendo relevante ao longo dos anos e mostrando que ainda tem muita lenha para queimar.
Prestes a fazer o seu tão aguardado retorno ao Brasil com uma apresentação única no dia 27 de janeiro, na cidade de São Paulo, revisitando sua sólida e consistente discografia, o Underoath é um dos shows mais aguardados pelos fãs de post-hardcore em 2024.
Com o tão aguardado shows se aproximando, perguntamos aos nossos leitores quais são os melhores discos do Underoath. O resultado você confere logo abaixo!
9. Cries of the Past (2000)
O segundo trabalho do Underoath é visceral e cru, flertando fortemente com influências de (acredite se quiser) death e black metal. O disco conta com faixas longas e cansativas, totalizando mais de 40 minutos de duração em apenas cinco músicas. É o primeiro álbum da banda a introduzir efeitos de teclados, algo que seria muito mais explorado nos trabalhos posteriores da banda. É brutal a diferença de Cries of the Past para os trabalhos atuais do grupo, mas é no mínimo curioso ter contato com essa fase mais agressiva da banda, vendo como o Underoath poderia figurar ao lado de grandes nomes da música extrema se não tivesse deixado seu lado melódico predominar. Para os ouvintes do Downstage, o álbum fica em último lugar.
8. The Changing of Times (2002)
Em 2002, o Underoath lançou o disco que mudaria os rumos de sua carreira musical. The Changing Times se afasta das influências death e black metal dos álbuns anteriores para incorporar em sua sonoridade elementos de post-hardcore. Com um instrumental calcado no metal e no hardcore, mesclando os vocais rasgados de Dallas Taylor com a voz melódica do baterista Aaron Gillespie, o álbum apresenta características que se tornariam ainda mais presentes nos próximos lançamentos do Underoath e que ajudariam a moldar a personalidade da banda. Pode ser considerado o disco cult da discografia do grupo e conta com a faixa When the Sun Sleeps, que é um clássico para os fãs old school. No ranking dos leitores do Downstage, o disco ocupa o oitavo lugar.
7. Erase Me (2018)
Erase Me é o primeiro trabalho do Underoath após o retorno da banda, que havia encerrado suas atividades em 2013, voltando a se reunir apenas em 2015. O disco marca a quebra da banda com os rótulos religiosos, já que segundo o vocalista Spencer Chamberlain, a comunidade cristã não lhe ofereceu o suporte esperado quando o músico enfrentou problemas com drogas e depressão. É também o primeiro álbum com o baterista e vocalista Aaron Gillespie desde Lost in the Sound of Separation. Erase Me é um trabalho importante na carreira do Underoath, sendo o responsável pelo seu “renascimento” e conta com os singles On My Teeth e Rapture em seu tracklist. Na opinião dos leitores do Downstage, ele fica com a sétima posição na discografia do grupo.
6. Act of Depression (1999)
Lançado em 1999, o ponto de partida do Underoath mistura metalcore e death metal em sua sonoridade. O álbum condensa doses brutais de peso e agressividade em longas faixas, todas ultrapassando os cinco minutos e com algumas chegando aos 10 minutos de duração. O disco ainda guarda uma hidden track (faixa escondida) chamada Spirit of a Living God (também conhecida como Praise), que começa com comentários do guitarrista Corey Steger falando sua descrição sobre Deus, sobre receber Jesus Cristo e dedica as vítimas de estupro, depressão e suicídio. O Underoath ficou conhecido por ser uma banda cristã e carregou esse “rótulo” até 2018.
5. Lost in the Sound of Separation (2008)
Em quinto lugar, os leitores do Downstage colocaram Lost in the Sound of Separation. O álbum é marcado pelo clima tenso e as brigas entre os membros da banda. Com uma sonoridade influenciada por bandas como Refused e At the Drive-in, o disco soa mais experimental e comparação aos trabalhos anteriores. O trabalho emplacou os singles Desperate Times Desperate Measures e Too Bright to See Too Loud to Hear. Não é uma obra muito celebrada na discografia da banda, justamente por marcar uma fase sombria do Underoath.
4. Ø (Disambiguation) (2010)
Disambiguation é o único álbum do Underoath sem o membro fundador Aaron Gillespie, que deixou a banda em abril de 2010. Aaron foi substituído pelo ex-baterista do Norma Jean Daniel Davison. O disco foi o último lançamento da banda antes de anunciar o fim de suas atividades em 2013, retornando apenas em 2015. É um dos trabalhos mais pesados e densos da carreira, mostrando uma vertente mais agressiva do Underoath. Disambiguation rendeu dois singles, sendo eles In Division e Paper Lung.
3. Voyeurist (2022)
Chegando no top 3 do ranking escolhido pelos ouvintes do Downstage, Voyeurist levou a medalha de bronze. O disco mais recente na carreira do Underoath é também o mais maduro. Segundo a própria banda, o álbum é violência de alta definição com um som tecnologicamente avançado, mas inegavelmente visceral. A faixa Cycle conta com um feat inusitado do artista Ghostmane, mostrando que o grupo estava aberto a novas possibilidades. Com um tom de desesperança, presente em faixas como We’re All Gonna Die, Voyeurist é agressivo e sombrio em vários momentos. Os singles do disco são Damn Excuses, Hallelujah, Pneumonia, Cycle e Numb.
2. Define the Great Line (2006)
Com a medalha de prata no ranking da discografia, Define the Great Line é um dos favoritos entre os fãs da banda. O álbum soa ainda mais pesado que seu antecessor e mostra um entrosamento perfeito entre o vocalista Spencer Chamberlain e o baterista Aaron Gillespie. A temática das letras segue focada em temáticas cristãs e problemas pessoais, mantendo a personalidade e o DNA da banda. O disco conta com alguns dos singles mais famosos da carreira do Underoath, que se tornaram clássicos no repertório como as faixas Writing on the Walls, In Regards to Myself e You’re Ever So Inviting.
1. They’re Only Chasing Safety (2004)
E levando a medalha de ouro no ranking escolhido pelos leitores do Downstage (e no coração dos fãs de Underoath), temos o icônico e já clássico They’re Only Chasing Safety. É o primeiro disco com o vocalista Spencer Chamberlain, além de ser o trabalho que abre maior espaço para os vocais do baterista Aaron Gillespie, criando um contraste único entre as vozes dos dois vocalistas.
TOCS é o primeiro álbum lançado pelo selo Solid State Records e o responsável por consolidar a banda como um dos pilares do post-hardcore e um dos nos nomes mais influentes do gênero. O Underoath refinou sua sonoridade neste lançamento, definindo sua personalidade musical e abrindo novas possibilidades para os lançamentos posteriores. É seguramente um clássico do post-hardcore e um dos lançamentos mais marcantes de 2004.
O Underoath retorna a São Paulo para uma apresentação única no dia 27 de janeiro, na Vip Station. Os ingressos estão disponíveis na Pixel Ticket e a produção é da Gig Music e Hangar 110.