Nostálgico, novo e com emoções à flor da pele: Distance or Decay, do In Her Own Words
Para quem procura um som novo com a vibe dos fests de 2010, Distance or Decoy, do In Her Own Words, traz todos os sentimentos de bons momentos ao lado de grandes amizades
É praticamente impossível ouvir Circles sem que ela grude na mente e te dê vontade de sair cantando pela casa achando que está no meio de um mosh pit com seus amigos em uma casa de shows. É com essa primeira sensação que In Her Own Words abre seu terceiro álbum da carreira, Distance or Decay, pela gravadora Thriller.
É muito ousado da parte da banda começar um álbum com a participação de um dos personagens mais importantes da cena atualmente como Derek DiScanio, vocalista do State Champs, mas “ousadia” é uma das palavras-chave desse álbum.
Ao mesmo tempo, entrega aquele pop punk redondinho que todos gostam de ouvir, mostra que a banda decidiu sair um pouco de sua zona de conforto com vocais roucos intercalados com tons agressivos quando comparado aos seus dois primeiros álbuns.
A banda não tem medo de testar e descobrir mais nuances para seu som, uma primeira impressão que fica confirmada já nos primeiros segundos de Leaving Forever, segunda música do álbum que mostra um tom mais pesado, com marcação forte da guitarra e o vocal rouco de Joey Fleming, que claramente está se dedicando para entregar seu melhor e se ver ao lado de outros grandes nomes da atualidade, como Oliver Baxxter.
As quatro primeiras músicas desse trabalho trazem a sensação de estar em uma viagem com os amigos, um sol quente no céu, muitas risadas e boas histórias a serem contadas pelos próximos tempos, para quem teve a oportunidade: um clima totalmente Warped Tour.
I Still Feel You in the Air vem em seguida para mostrar que começa ali uma mudança nos ares. É ali que as letras ficam mais intensas, emocionais e que causam um arrepio ao prestar mais atenção ao que está sendo cantado.
One Thing You Should Know é a prova disso. Em um primeiro momento, parece que está tudo bem, são as coisas que já estamos todos acostumados, mas é ao ouvir “Wherever you choose to go there’s just one thing you should know you can always come back home” que as coisas mudam e que atire a primeira pedra quem nunca pensou algo assim em meio a um coração partido. E é em Miracle que as dúvidas de que todas essas variações e “testes” dariam certo encontram sua resposta: funcionam muito bem!
Em Raining in Toronto, single com a participação de Jonathan Vigil, vocalista do The Ghost Inside, a história é tão bem contada que as chances de ouvi-la e imaginar um videoclipe ao mesmo tempo são incontáveis, mas é em Ghost que a dor chega. A música mais lenta do álbum também é dona de uma das letras mais bonitas do momento, uma daquelas músicas que alguns diriam “serem feitas para se ouvir com o coração”.
Fechando com Footprints, a banda californiana, agora com mais experiência, sabe muito bem qual mensagem quer passar e de que maneira, colocando todas os sentimentos e emoções que a banda quer que seu público experiencie, provando para quem se questionava de que, sim, eles fazem parte do movimento e presentearam a todos com mais músicas que servirão como trilha sonora de alguns momentos marcantes dos próximos anos.
Para fãs de: State Champs, This Wild Life e Broadside