I Prevail volta rápido, pesado e experimental com TRUE POWER
O quinteto de Detroit traz uma sequência digna de TRAUMA, conseguindo ser diferente, mas mantendo sua essência melódica e épica
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I Prevail se mantém numa crescente constante desde eu debut Heart Vs. Mind, mas foi em TRAUMA que eles verdadeiramente se encontraram. Com três anos de espera, a chegada da pandemia e a alta expectativa dos fãs, não era de se esperar menos de TRUE POWER.
O álbum conta com um ritmo rápido e intenso desde a primeira música, com riffs pesados e envolventes, um vocal melódico e cativante e letras marcantes. Temas como depressão, exclusão social, falsidade e questões mais pessoais são abordados durante toda a obra, sendo impossível não ficar hipnotizado desde a intro.
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00:00 é uma intro curta trazendo sons que remetem ao início de gravações em estúdio, com plugs de guitarras e microfones, seguida por There’s fear in letting go. A faixa começa numa batida calma e lenta porém no refrão começa a entregar tudo que I Prevail sempre nos mostrou como uma combinação perfeita entre as vozes do Eric e Brian e uma boa musicalidade também. Durante seu pouco mais de três minutos, a música entrega um bom metalcore e novidades vindas do I Prevail com um som mais pesado e mais gritado.
Body Bag, lançada como lead single do álbum, começa com riffs pesados e um vocal muito bom e bem balanceado, nessa faixa também sobressai a bateria muito bem executada e com muitos solos e rapidez durante a música, trazendo bastante influência do hardcore e sendo uma ótima pedida para iniciar o setlist com muitos moshs nos shows que sempre entregam muito! O álbum também conta com bastante efeitos sonoros nas músicas e no final de body bag não é diferente, onde você ouve um som de zíper, como se estivéssemos fechando um saco de corpos.
O existencialismo em TRUE POWER
Com uma letra pesada que fala sobre depressão, dia a dia e como é vencer tudo isso e se sentir no topo, Self Destruction tem uma batida pesada com berros mais intensos e já segue sendo a favorita dos fãs de I Prevail. Já Bad Things, segundo single lançado do álbum, pegou os fãs desprevenidos, onde já chegou com um clipe e mais elementos eletrônicos, isso sem perder a essência e o ótimo entrosamento dos vocalistas. A letra novamente trás pensamentos sobre depressão.
Com um instrumental rápido e solos de guitarra, Fake, faz a letra passear novamente pelo tema da depressão e pensamentos sobre fingir ser o que não é e estar sozinho, se sentindo uma “farsa”. Em Judgement Day a música entra bastante em um momento de virada onde a pessoa joga tudo para o alto e entende que não precisa da aprovação, porque no final, quem viveu como quis será julgado e quem viveu recluso no final, se julgará por não ter vivido.
FWYTYK é uma das preferidas pelo público mesmo não tendo sido lançada como single. Ela flerta com elementos de trap e o metalcore do I Prevail e também fala sobre viver sem se importar com opiniões, inovando, sendo quem é, doa a quem doer. Já Deep End traz um instrumental bem mais calmo onde o Brian canta quase como uma oração e o Eric nos surpreende com seu vocal sem berro. Com uma letra mais melancólica eles falam sobre aprender a conviver com seus demônios, para não precisar dizer adeus para as pessoas amadas.
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Em Long Live The King temos uma poderosa música de rebelião. Com uma letra simples, porém poderosa, que consegue dar ao ouvinte aquela sensação de que pode fazer tudo e lutar contra todos, trazendo novamente várias características do nu-metal, com os riffs mais simples e groovados e um vocal bem focado em versos de rap. Choke já começa com um riff incessante e uma bateria poderosa, juntos ao famoso “yeah” berrado. A música mantém o ritmo enérgico do álbum e traz consigo uma letra bem agressiva e direta, falando sobre falsidade de pessoas específicas e a descrença dessas pessoas em você.
The Negative começa bem melódica e simples, com uma batida constante e uma guitarra crescente, a música fala sobre como a negatividade e o ódio de outras pessoas podem te puxar pra baixo junto com elas e ajuda a dar um “basta” nesse tipo de situação.
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Entrando na reta final do álbum, Closure é uma música de término. Assim como o tema abordado, a faixa é melancólica durante a parte que se fala do fim do relacionamento, abordando uma recaída e alcoolismo durante seus primeiros versos. Já na segunda metade, podemos ver o protagonista se recuperando e negando o pedido para voltar, se livrando de seu antigo relacionamento abusivo.
Em Visceral retorna com a agressividade de TRUE POWER. Com um riff nitidamente inspirado em Linkin Park, um refrão épico e melódico e um breakdown dropado, a música se mantém energética do início ao fim. Sendo o oposto da música anterior, Doomed finaliza o trabalho com chave de ouro.
Apenas com voz e teclado, a faixa traz a tona a autossabotagem, repleta de pensamentos negativos, mas deixa seu significado para o ouvinte interpretar. É profunda, com uma melodia suave e causa diferentes sentimentos de uma só vez.
Um trabalho impecável do I Prevail
Independente do tempo entre seu último álbum e esse, o I Prevail demonstra uma gigante evolução em sua composição como um todo. A obra consegue ser uma jornada cheia de altos e baixos (em questão rítmica), cada música consegue falar por si e tocar o coração de quem ouve. Sem sombra de dúvidas, é um álbum escrito com lágrimas e sangue da banda, e essas páginas ecoarão pela história da música pra sempre.
Para fãs de: Memphis May Fire, We Came As Romans e Wage War