Three Days Grace mostra confiança e consistência em Explosions
O sétimo álbum do grupo canadense é o terceiro com o vocalista Matt Walst e coloca o músico nos holofotes
Depois de uma estreia segura no álbum Human, de 2015, Matt Walst tem em Explosions a oportunidade de mostrar todo seu potencial vocal. E não poderia ter feito isso de forma melhor.
Com 19 anos de estrada, uma “recente” troca de vocalista, e uma carreira que transitou por muitos gêneros, era difícil prever o que seria do disco de 2022. Entre o lado grungesco e pesado e as baladas alternativas que aproximaram o Three Days Grace de bandas como Breaking Benjamin, o álbum recém lançado encontra o equilíbrio entre os dois extremos.
Para quem se acostumou com o tom de raiva e revolta dos primeiros trabalhos da banda, é possível ver uma adaptação desse sentimento à passagem do tempo em Explosions. Com uma maturidade que os cerca de 40 anos de idade pedem, o álbum desperta tanto o sentimento de nostalgia quanto o frescor de uma sonoridade sólida.
So Called Life abre o disco quase como uma apresentação do que esperar pela frente. A faixa mais pesada do LP traz uma mistura de nuances bem característica do Three Days Grace e a banda não peca ao acompanhar os vocais energéticos de Matt Walst.
Em I Am The Weapon, Walst entrega com maestria a mescla dos vocais “sujos” e “ásperos” característicos da banda com um harmônico, suave – e levemente mais agudo que seu antecessor – vocal de rock alternativo de arena. Enquanto isso, em Neurotic, o grande astro da faixa são as bem construídas linhas de teclado e bateria.
Lifetime é uma faixa emotiva dedicada às vítimas do tornado que atingiu Mayfield, Kentucky, em 2021. Com uma pegada sombria e triste, presta a homenagem com sucesso.
O segundo terço do álbum traz as canções A Scar Is Born, Souvenirs e No Tomorrow. Nessa sequência se mostra mais o lado balada do grupo. A primeira das três faixas traz uma pegada que casaria perfeitamente com grandes festivais, enquanto Souvenirs mescla um começo de baixa rotação com uma ponte empolgante. A sequência termina com No Tomorrow, que mais uma vez coloca os vocais ora arranhados, ora cristalinos, de Walst no centro das atenções, o que se repete na faixa seguinte, Redemption.
De forma geral, o álbum consolida Walst na posição de frontman com um disco maduro e bem construído que não apenas abre espaço mas potencializa o talento vocal de Matt.
Para fãs de: The Offspring, Breaking Benjamin e Seether