Cefa dá início à nova Era com nova estética e capaz de fazer qualquer coisa
Novo disco PRA QUE A REALIDADE NÃO DESTRUA chegou ontem às plataformas digitais e já acumula mais de 200 mil plays
Depois de resgatar a essência do que é a Cefa e entregá-la em uma experiência intimista como o CAØS REIMAGINADØ, o terceiro álbum de estúdio da banda chega para consolidar esta identidade tão cheia de talento e personalidade por meio de um trabalho digno de reconhecimento. Disponível para o público na última quinta-feira (5), PRA QUE A REALIDADE NÃO DESTRUA marca o início de uma nova Era.
Composto por oito faixas, sendo quatro delas inéditas, PQARND traz consigo uma avalanche de sentimentos característicos do cenário pandêmico, momento em que o grupo fez uma espécie de retrospectiva com o objetivo de pavimentar o caminho ainda não percorrido. Em entrevista exclusiva ao Downstage, Caio, Gabriel e Giovani falaram sobre o processo criativo do novo disco e como foi importante olhar para dentro de si mesmos antes de solidificar o próximo passo da Cefa.
“Até o CAØS existia muita preocupação em resolver as coisas, já no PQARND as composições não são nada resolutivas e sim apenas o interlocutor despejando tudo, sem necessariamente resolver o problema”, relembra o vocalista.
A nova Era da Cefa nos apresenta a uma identidade visual mais orgânica, pautada na cor bordô e suas variações, se tornando uma espécie de contraponto aos lançamentos anteriores, sobretudo pelo fato de, pela primeira vez em 10 anos, este ser o trabalho escolhido para receber os integrantes em sua capa.
“Pela primeira vez, somos nós três de fato, e a gente entendeu que [a gente] poderia fazer coisas que, não que a gente não almejasse antes, mas não imaginávamos tão longe como imaginamos para esse álbum”, compartilha Gabe. “Esse é um momento que mais poderia gerar expectativa e ansiedade exacerbada pela vontade de atingir um lugar que até então a Cefa ainda não chegou, de ser uma banda do cenário nacional e não só uma banda independente”, completa Caio.
“Desta vez nós optamos por um disco mais curto, até porque a gente já vem de um disco longo como o CAØS, então optamos por algo mais condensado e com músicas que por si só se sustentariam caso fossem singles soltos, e que na nossa opinião poderiam ser tocadas ao vivo”, reflete Caio. Em um trabalho que, ao ser ouvido na íntegra, possui músicas que conversam entre si e refletem, de certa forma, uma experiência de início, meio e fim, faixas como O Infinito Que Existe Em Mim e Labirinto tornam notável o enriquecimento musical da Cefa, com mensagens brutalmente honestas que são entregues por meio de arranjos muito bem construídos.
Nos palcos
Com um show de lançamento do novo álbum marcado para o dia 13 de outubro no Sesc Belenzinho, o trio pondera sobre o quanto a oportunidade reflete no futuro da Cefa: “Entrar no circuito do Sesc foi algo que a gente sempre quis, mas que não parecia tão alcançável”, confidencia o vocalista.
De forma oposta a um novo ciclo no qual as coisas se repetem, este lançamento simboliza o próximo passo da Cefa, que vem carregado de sensibilidade, transparência e, sobretudo, experimentação. Marcada por uma identidade cada vez mais fortalecida e que transborda autenticidade e potencial, a jornada que a Cefa está percorrendo reproduz a ânsia por mudança, tanto esteticamente quanto sonoramente, porém sem deixar de lado o seu verdadeiro bálsamo.
Após uma década de estrada, a Cefa se consolida ao incrementar pitadas de brasilidade em sua sonoridade e nos dá um vislumbre do futuro que o grupo não só almeja, mas vem trabalhando para conquistar.
“Coloca a gente em qualquer palco. Nesse momento, a gente se sente confortável para fazer qualquer coisa. Quando a gente se abre para a possibilidade, se torna mais fácil alcançá-la no sentido material.”