A elevação do Nominee em Lowlife

A banda conta, em entrevista ao Downstage, como o álbum é um marco para a carreira

Arte: Rafaela Antunes / Downstage

Direto do Texas, o Nominee vem ganhando os holofotes dos fãs de pop punk depois de lançar seu primeiro álbum de estúdio por uma grande gravadora: Lowlife, pela Smart Punk, veio para marcar uma fase de amadurecimento da banda. Em entrevista ao Downstage, eles comentam o processo de produção do disco e porquê ele é imperdível para os fãs do gênero.

(Foto: Dom Macias)

Lançado em setembro de 2021, Lowlife chegou para o quinteto como um marco transitório de carreira, em que passaram de sua fase de produção independente para se conectar a uma produção mais trabalhada, como explica Cameron Kisel. “Veio muito de um amadurecimento durante a produção para perceber que ainda estamos fazendo o que fazemos, e que a banda deveria ser nossa prioridade. Antes existia uma sensação de que sairíamos por duas ou três semanas para turnês mas que voltaríamos a outros trabalhos, e isso estava nos segurando. Entrar no estúdio com uma gravadora para o Lowlife foi enfim considerar isso como nossa carreira, e, acima de tudo, nos permitiu sermos mais criativos, experimentais e mais abertos, tendo um apoio dos nossos produtores.”

O amadurecimento do Nominee fica perceptível assim que o ouvinte dá o play em Lowlife, a música auto-intitulada do longa. Anteriormente, a faixa acústica já havia sido lançada no EP Outset, também em 2021, mas sua nova versão chega mais produzida nesse último lançamento, passando de voz e violão para um instrumental bem trabalhado que conversa com a letra.

Com um som que caminha entre bandas como The Story So Far e Taking Back Sunday, os membros explicam que a banda começou com um encontro com o ex-guitarrista e uma proposta de fundar um grupo mais voltado para o post-hardcore. A ideia saiu do papel quando todos se encontraram no Texas: “Nosso antigo guitarrista que juntou todos nós. Na época o Andy estava saindo de uma banda, depois chegou o Cameron e por fim o Chris, que veio direto de Nova Jersey para fazer parte da banda como vocalista, sem nem conhecer a gente direito. Parece muita loucura, mas na época fez muito sentido,” contam eles. 

O baterista Andrew Echavarria, (“Andy”) completa que a banda trabalhou até chegar em um lugar comum da sonoridade para todos os membros, que foi uma mistura de pop punk, screamo e post-hardcore, que pode ser notado em peso em Lowlife. “Somos muito ecléticos e tentamos encontrar um lugar comum que fosse algo que todos nós gostássemos de ouvir e tocar. Isso acabou sendo esse estilo que crescemos ouvindo, do pop punk, emo, screamo e post hardcore do início dos anos 2000. Nos inspiramos muito em bandas como Taking Back Sunday, The Used e Anberlin,” explica. 

O estilo do Nominee se traduz bem Lowlife ao que mistura temáticas sérias, como solidão e perdas, adicionada ao pop punk enérgico de faixas como Coming Up For Air e Wrah Wrah, se encontrando perfeitamente com o lado mais melódico e emotivo de Bad Luck e Save Myself para compor o álbum. Lowlife é intenso do início ao fim em suas dez faixas.

Sobre os próximos passos, a banda conta que quer mergulhar no Lowlife enquanto faz shows, e chama os fãs do bom e velho pop punk e emo para conhecer seu trabalho: “o Lowlife é o que temos de maior agora. Ele está disponível em todas as plataformas e gostaríamos muito que os fãs do gênero pudessem conhecer nosso trabalho. Escutem e compartilhem!” finalizam.