O legado colorido do Forever the Sickest Kids
Ícones do neon pop punk, figurinhas carimbadas da Warped Tour e presentes até hoje nas melhores playlists emo: relembre a trajetória da banda de Dallas
Formado em 2006, o sexteto de Dallas, no Texas, surgiu depois de um gasto acidental do vocalista Jonathan Cook: 350 dólares para receber a primeira página em um site de música. 15 anos depois de correr para o estúdio e gravar Hey Brittany para a ocasião, a Forever the Sickest Kids acumula um sucesso estrondoso com três álbuns, três EPs e um prêmio da Alternative Press no primeiro lugar em “22 melhores bandas underground (que provavelmente não ficarão no underground muito tempo)” e o reconhecimento na cena do neon pop punk que se estende até hoje.
Com uma presença notória no MySpace de mais de 2 milhões de visualizações no seu primeiro single, Whoa Oh! (Me vs Everyone), o Forever The Sickest Kids foi rapidamente construindo a sua carreira a medida que ganhou fãs nas redes sociais e faziam shows pelos Estados Unidos.
A primeira passagem pela Warped Tour, em 2007, rendeu cerca de 22 mil visualizações na página da banda.
No ano seguinte, o sucesso de seu álbum de estreia, Underdog Alma Mater (2008), veio acompanhando de uma tendência que aos poucos crescia nos Estados Unidos e no mundo: junto de bandas como Cobra Starship, Every Avenue e Boys Like Girls, o estilo neon veio para contrapor o pop punk de melodias rápidas com letras tristes à músicas dançantes e o lado festeiro dos jovens da cena.
Depois da sua terceira das cinco passagens pela Warped Tour, a banda anunciou a sua primeira turnê como artista principal com patrocínio do MySpace, a The Cheap Date Tour, em 2009. O sucesso do Forever the Sickest Kids foi então ganhando proporção internacional à medida que fazia turnês com bandas como All Time Low e We The Kings, colecionando passagens por países da América, Ásia e Oceania.
No Brasil, a influência do FTSK se deu principalmente na cena do power pop e do happy rock. Trazendo as calças coloridas, músicas de batida rápida e o jeito brincalhão, o Forever The Sickest Kids foi uma das bandas responsáveis pelo boom do estilo que dominou o início dos anos 2010 no país, dando espaço para o surgimento de bandas que movimentaram uma legião de fãs, como Cine e Restart.
Em turnê pelo país em 2010, a banda fez quatro shows pelo sul e sudeste do país. Tendo o sexteto como uma de suas maiores influências, a banda Cine abriu os shows do FTSK e lançaram juntos a faixa bônus Um Lance, Não Um Romance do DVD As Cores Ao Vivo (2010), que vendeu mais de 35 mil cópias e levou o Prêmio Rock Show de DVD do ano.
Na época, em entrevista à Capricho, o vocalista do Cine, DH, comentou sobre a relação com o FTSK: “Essa é uma banda do coração. É uma das principais influências do Cine. A gente é muito fã mesmo da música dos caras.”
Depois disso, o FTSK voltou ao país mais uma vez, em 2011. Por aqui, a banda movimentou uma legião de fãs – e de fãs “emprestados” de outras bandas coloridas de sucesso – para os shows. Em 2013, a banda lançou seu último álbum intitulado J.A.C.K, assinado pela Fearless Records e, desde então, fez apenas aparições isoladas em festivais, mas o legado colorido do Forever The Sickest Kids permanece até hoje.