Stand Up and Scream: 13 anos da estreia do Asking Alexandria no metalcore

Lançado em 2009, primeiro disco da banda britânica já recebe reconhecimento da Billboard

Arte: Carol Moraes / Downstage

Esse ano completam-se 13 anos do lançamento do primeiro disco oficial do Asking Alexandria. No dia 15 de setembro de 2009, pela Sumerian Records, chegou ao mundo o Stand Up and Scream.

(Capa: Sumerian Records)

Classificado em quinto lugar no Top Heatseekers, da Billboard, o álbum conta com 13 faixas de muito berro, batida eletrônica e breakdown. As letras focam muito em autodestruição, festa, sexo e morte. Os gritos soam talvez como um desabafo. Na época, o quinteto James Cassells (bateria), Sam Bettley (baixo), Ben Bruce (guitarra e vocais), Cameron Liddell (guitarra) e Danny Worsnop (vocais) levavam a clássica frase “sexo, drogas e rock n’ roll” bem a sério.

Alerion abre o disco já mostrando todos os elementos que estão presentes no álbum inteiro e, apesar de ser apenas uma curta introdução, não deixa de ser uma das mais marcantes da banda. Não à toa foi a música de início dos shows por um bom tempo.

The Final Episode (Let’s Change The Channel) foi a primeira música de trabalho, cujo clipe traz a mesma estética do encarte do CD. O clássico “OH MY GOD” e a frase que dá o nome ao disco fazem com que essa faixa esteja sempre na lembrança dos fãs do estilo metalcore, gostando ou não.

A Prophecy é uma das queridinhas pelos fãs, tem um refrão marcante e foi a segunda música de trabalho do disco.

Hey There Mr. Brooks, que talvez tenha a letra mais pesada do disco, traz a participação nos vocais melódicos de Shawn Milke, do Alesana. I Used To Have a Best Friend (But Then He Gave Me an STD) também mantém o assunto com foco em morte, mas nunca foi muito explorada pela banda, assim como A Candlelit Dinner With Inamorta, que provavelmente é a faixa que possui a melhor mistura de sintetizadores com berros de toda a discografia do AA.

Um dos maiores destaques desse disco certamente é a faixa Not The American Average. Hoje talvez a letra não seria bem aceita pela sociedade, mas na época foi um diferencial e sempre foi uma das músicas mais esperadas pelos fãs nos shows, principalmente pela melodia muito característica e pela participação de Ben Bruce nos vocais. Sendo assim, nada mais justo do que o clipe dessa música ser a gravação de uma performance ao vivo, gravado e lançado em 2011, sendo a última música de trabalho desse CD.

Outra marca registrada do Stand Up and Scream é o título das músicas. I Was Once, Possibly, Maybe, Perhaps a Cowboy King e If You Can’t Ride Two Horses at Once… You Should Get Out of the Circus talvez sejam as que mais chamam a atenção à primeira vista.

(Reprodução / Sumerian Records)

A Single Moment of Sincerity é outra faixa que coloca a voz de Ben Bruce em evidência, trazendo um som mais calmo, mas voltando aos berros e ao pedal duplo logo em seguida. Nobody Don’t Dance No More não tem muitos holofotes, mas bem que merecia.

Hiatus é um prelúdio instrumental dançante e When Everyday’s The Weekend encerra o disco com muito berro e sintetizadores no talo.

Embora a banda tenha se reinventado e amadurecido a cada disco, o SUAS, produzido por Joey Sturgis, ainda é considerado um dos favoritos pelos fãs do Asking Alexandria. Deixando o saudosismo e a nostalgia de lado, se possível, é inegável que o primeiro álbum da banda britânica é um marco na história do metalcore. A presença de sintetizadores e batidas eletrônicas mescladas aos vocais melódicos, gritados e guturais de Danny foi uma novidade que na época deu muito certo. Os vocais de Ben, algo que não acontece muito nos discos posteriores, também é um detalhe que faz do Stand Up and Scream um disco especial para os fãs da banda.