10 feats que nos fazem amar (ainda mais) Kellin Quinn

Organizador da Dreamer e dono de vários projetos paralelos, o vocalista do Sleeping With Sirens tem mais de 100 feats em seu portfólio

Arte: Carol Moraes / Downstage

Para quem foi fã de post-hardcore na década de 2010, não é necessário explicar quem é Kellin Quinn. Compositor e frontman de uma das mais populares bandas do gênero, o Sleeping With Sirens, sua marcante voz já foi convidada de músicas que ficaram marcadas por anos a fio na indústria: a icônica King for a Day, com Pierce the Veil (que consolidou a amizade “Kellic”) e a versão acústica de Miles Away, com Memphis May Fire.

No entanto, o que não é de conhecimento total do público que conheceu Kellin por essas canções (ou até mesmo há 10 anos, com o próprio SWS), é que músico atua por puro prazer e diversão como um mentor para novos e pequenos artistas desde… sempre. Cantor, produtor e compositor, ele leva a mentoria musical a um passo adiante, dando chance para bandas iniciantes e apresentando artistas promissores para sua (grande) legião de fãs.

Dono da organização Dreamer, criada para ajudar bandas a alcançarem seus sonhos como artistas, Kellin se apega ao que move (e mais importa) na carreira de músico. Além disso, o músico possui atualmente mais de 100 colaborações em seu portfólio, fora projetos paralelos como Downer, Inc. e The First Rock Band on Mars, este em conjunto com Ryan Key (Yellowcard) e Howi Spangler (Ballyhoo!).

Com tantos feats em sua carreira, é mais do que justo dedicar uma lista inteira a Kellin Quinn, selecionando os melhores. Topamos a difícil tarefa, e você confere tudo abaixo.

Your Confession – True North

Uma das principais surpresas da cena do post-hardcore, o True North é uma banda de Los Angeles cujos primeiros trabalhos surgiram em 2016, mas foi somente no ano passado que lançaram seu primeiro álbum de estúdio. Out Loud foi, sem dúvidas, um dos melhores trabalhos de 2022, trazendo participações de ninguém menos que Aaron Gillespie do Underoath na faixa que dá nome ao disco e, é claro, Kellin Quinn na nossa primeira escolhida da lista: Your Confession.

Com um refrão que fica na cabeça, a canção foi lançada como single antecipado do álbum e ganhou até clipe. As vozes de ambos vocalistas dão um balanço incrível para a música, digno de um repeat. O resultado da parceria foi tão bem recebido que o True North foi chamado para abrir alguns shows de outubro do Complete Collapse, o mais recente disco do Sleeping With Sirens.

Crown of Greed – Only Liars

Crown of Greed chegou em época de Rock in Rio no Brasil e não se falava em outra coisa que não fosse o festival, tão esperado após tempos de pandemia. No entanto, graças ao algoritmo calibrado do Spotify e uma rápida divulgação de Kellin no Instagram, o público pôde conhecer (e ainda bem) a Only Liars, banda de pop punk em que os integrantes moram distantes um do outro e produzem tudo 100% virtualmente.

Apesar do grupo ser bem novo, a surpresa de um feat com o músico chegou para completar o quarteto de singles lançados após o segundo disco, Now & Then. Crown of Greed segue a pura essência do pop punk chiclete e energético, porém os vocais berrados de Kellin dão um charme irresistível para a canção, como a cereja do bolo. (Nota da autora: foi a minha trilha sonora oficial do ônibus de volta para São Paulo, além de carimbar meu Spotify Wrapped em 2022).

Into the Dark – Point North

Brand New Vision foi sem dúvidas um dos melhores lançamentos de 2020 em todo o cenário musical e não é de hoje que o Point North é uma banda que se deve ficar de olho. Diretamente de Los Angeles, o grupo é querido pelos fãs pelo ótimo vocal de Jon Lundin e seus refrões impactantes, e é claro que Into the Dark, com Kellin Quinn, não seria diferente.

A faixa faz parte do disco de 2020 e é uma das melhores de todo o trabalho. A entrada de Kellin na música consegue engrandecê-la ainda mais, mas não há nada que supere os trechos que ambos vocalistas cantam juntos. Definitivamente uma das melhores participações especiais do portfólio de Kellin.

Someone Else – Loveless

Há quem diga que Julian Comeau é um “mini Kellin” (tanto pela aparência quanto pelo talento do astro do TikTok), mas independente da semelhança ou não, uma coisa é fato: a apadrinhagem do Loveless por Kellin Quinn resultou na impecável Someone Else. A faixa é uma das mais populares do duo no Spotify, lançada em 2020 como single e que mais tarde integraria o primeiro álbum de estúdio da banda, Loveless I.

O contraste de vocais em Someone Else é apenas um dos aspectos que tornam a música tão fascinante (e, consequentemente, um dos mais famosos feats de Kellin atualmente). A faixa possui um refrão de grudar na mente e se cantarolar o dia inteiro, mas é capaz de fisgar o ouvinte logo no início com a voz de Julian. Definitivamente uma música para se estar no repeat.

Inner Beauty – Abyss, Watching Me

Para os fãs de post-hardcore, Inner Beauty pode ser uma excelente porta de entrada para conhecer Avyss, Watching Me, quarteto formado em Praga, a capital da República Tcheca. A banda possui diversos feats com nomes já consolidados da cena do metalcore, post-hardcore e new core, como The Color Morale, In Fear and Faith e Everyone Dies in Utah, além de já ter dividido palcos com grupos como Bad Omens, LANDMVRKS, Novelists FR entre outros.

O single com Kellin Quinn é um dos mais populares do Abyss, Watching Me nas plataformas de streaming e não é à toa! A música possui uma ótima letra, mas o verdadeiro fator está nas vozes de ambos vocalistas se complementarem de maneira única e faz o refrão explodir.

What You Want – Cemetery Drive

Diretamente da Itália, Cemetery Drive foge um pouco da veia emocore e post-hardcore que o Sleeping With Sirens sempre seguiu e traz os vocais de Kellin Quinn para um pop punk a la The Story So Far. A banda é formada na Itália e lança trabalhos desde 2017, incluindo dois trabalhos com a ex-gravadora We Are Triumphant, com quem manteve contrato até 2019.

No entanto, What You Want é considerado por todo o grupo como um dos maiores destaques da carreira. O single com Kellin foi lançado em 2022, marcando o primeiro trabalho do Cemetery Drive após o lançamento do disco Searchlight em 2021.

Feel Alive – Patient Sixty-Seven

Para quem gosta de letras mais melancólicas, esse single do Patient Sixty-Seven é definitivamente um must listen. A banda de metalcore foi formada em Perth, na Austrália, e aos pouquinhos foi conquistando seu lugar para hoje ser um dos nomes mais interessantes do gênero atualmente.

Feel Alive não é o primeiro feat com Kellin Quinn, porém foi lançado como single antecipando o álbum de estreia da banda, Wishful Thinking, liberado em julho do ano passado. Foi necessário apenas um pouquinho de divulgação nas redes sociais para a faixa ganhar o reconhecimento necessário e explodir nas playlists editoriais do Spotify. Além dela, a banda também liberou uma versão reimaginada de Where to from Here na versão deluxe do EP Home Truths, de 2021, também com Kellin.

Love Me – Magnolia Park

Um dos nomes mais incríveis da nova geração do pop punk também possui um feat com Kellin Quinn. Estamos falando aqui do Magnolia Park, uma banda que hoje é considerada uma verdadeira fábrica de hits pela quantidade de músicas lançadas anualmente. Love Me, no caso, saiu há três anos, quando o grupo estava começando a ter atenção do público nas redes sociais e sendo inclusa em playlists editoriais nas plataformas de streaming.

Com uma sonoridade irresistível e refrão de se cantarolar repetidas vezes, a faixa acabou dando a atenção e o espaço merecido que a banda tanto merece, além de preparar o terreno para o que viria a se revelar o impecável EP Dream Eater. E é claro que as colaborações com Quinn não pararam por aí: não demorou para que em 2022 ambos unissem forças novamente, mas dessa vez com Joshua Roberts e a banda de pop punk 408 para o hit Mark Hoppus.

Building Coral Castles – The Words We Use

Uma das coisas mais legais em Building Coral Castles é justamente como a música consegue conversar diretamente com quem começou a ouvir Sleeping With Sirens na época do With Ears to See and Eyes to Hear. O pré-refrão berrado é cativante e direciona o ouvinte para um refrão que literalmente explode e faz o público querer cantar junto; é uma música enérgica, que literalmente abre alas para a participação de Kellin Quinn bem perto do fim dela, como se estivesse dando um toque final.

A The Words We Use, no entanto, já tem uns bons anos de estrada e é completamente justificável beber da água do primeiro álbum da banda de Kellin, visto que o (na época) sexteto surgiu no mesmo ano. Apesar do tempo passar, as canções hoje não parecem datadas e conseguem resgatar bem o lado delicioso da nostalgia com boas doses do peso e da modernidade que vemos no post-hardcore atual.

Last Time – Sunday Friend

E para encerrar a lista com um gênero bem diferente e que foge da zona de conforto de Kellin, o Sunday Friend é um projeto que une elementos de lo-fi com indie pop e uma boa dose de eletrônico. O resultado é um refrão cativante com uma sonoridade atmosférica, e é claro: com os vocais de Quinn preenchendo toda a faixa de forma única e mostrando sua verdadeira versatilidade.

Apesar de fugir bastante dos berros, é uma ótima faixa para se ter nas playlists.