Sebastianismos faz show energético marcado por reencontros e celebra a vida

Show de lançamento da turnê Tóxico aconteceu na última sexta no Cine Joia, em São Paulo, e também em Porto Alegre, no Opinião

Foto: Joana Berwanger / Downstage

Cumplicidade. Talvez essa seja a melhor palavra para resumir o que foi o show da turnê Tóxico de Sebastianismos

Desde o primeiro acorde, quando a corda da guitarra de Sebastian arrebentou, o que se viu foi uma plateia que parecia abraçar o músico cantando mais alto e batendo palmas mais forte como quem diz “Calma, Sebá! Acontece.” Já com o encordoamento substituído o show foi oficialmente aberto pela canção Tóxico, que também abre o álbum lançado em agosto de 2021.

(Foto: Joana Berwanger / exclusiva para o Downstage)

A primeira vez nos palcos de São Paulo contou com uma banda formada por Andrei Kozyreff (guitarras), Helena Papini (baixo) e Nico Demeneghe (bateria), além de participações especialíssimas de Badaui, Dani Weks, Helen Malfeitona e Day. Com tantos nomes da música, a sensação não podia ser outra: a atmosfera era de um grande reencontro de amigos que há muito não se viam. E o público não fica de fora dessa conta. Contagiados pela empolgação de Sebastian, que parecia descarregar no palco dois anos de energia acumulada, os presentes no Cine Joia cantaram cada música do início ao fim.

Dani Weks, ao comentar o show descreveu como um grande reencontro: “Isso aqui pra mim não é trabalho. Isso aqui foi uma grande festa, um grande reencontro de amigos que eu não via há muito tempo.”

(Foto: Joana Berwanger / exclusiva para o Downstage)

Além de tocar o álbum Tóxico na íntegra, Sebastianismos fez o público cantar a plenos pulmões em versões punk de hits da música brasileira como Ciumeira, de Marília Mendonça, Recairei, dos Barões da Pisadinha e Não vale mais chorar por ele, do Bonde do Maluco

Nas participações especiais, Dani Weks assumiu as baterias em Jogo de Azar enquanto Sebastian dividia com o público a inspiração para a composição dessa música, feita em homenagem a um amigo falecido. Em Não Mudaria Nada, o vocalista do CPM 22, Badauí, levou o público a um momento de êxtase e nostalgia na canção que celebra amizades. Já Day foi responsável por entregar ao público a maior novidade do show, emprestando sua voz à faixa Cicatriza —canção, que no álbum tem a participação de Lucas Silveira, foi apresentada em versão até então inédita ao público de São Paulo.

(Foto: Joana Berwanger / exclusiva para o Downstage)

Para Badaui, o show marcou o fim de um longo período longe das apresentações ao vivo e multidões. “É inacreditável pra mim estar aqui hoje, subindo num palco pra cantar depois de quase dois anos sem sair de casa. Foi complicado passar esse período todo longe mas felizmente hoje a gente tá aqui podendo celebrar que estamos vivos. É hora de celebrar a vida”, comentou ao Downstage após o show.

(Foto: Joana Berwanger / exclusiva para o Downstage)

E essa celebração da vida foi marcada por momentos únicos que muito provavelmente não se repetiriam em nenhum outro lugar, como o mosh pit ao som de Ciumeira, por exemplo. Tanto para a banda quanto para o público, o show energético de Sebastianismos lavou a alma, matou a saudade e relembrou como é bom estar com amigos em um show, seja no palco ou fora dele.

Alegria, emoção e cumplicidade em Porto Alegre

Dando início à turnê Tóxico no Brasil, Porto Alegre também foi palco de uma descarga maravilhosa de energia de Sebastianismos. Com público cantante, animado e fervoroso, era possível sentir a emoção que corria o corpo de toda a banda durante o incrível show que marcou a volta da cena à capital gaúcha. 

A noite se iniciou com uma discotecagem que apresentou clássicos emos, de Misery Business ao Maior Idiota do Mundo, o público ficou com gostinho de quero mais, até que a banda principal entrasse no palco.

(Foto: Joana Berwanger / exclusiva para o Downstage)

Era possível sentir tanto a energia e a emoção, tanto do público, quanto da banda. Entrando no palco com Tóxico, o público cantava a letra do fundo dos pulmões. O sorriso de Sebástian contagiava aqueles que pulavam incessantemente na pista do Opinião – este que não saiu um segundo de seu rosto. 

Ao longo de todo setlist, não houve uma música que a banda tocasse sozinha. Era quase como se o público fosse o quinto integrante do conjunto, desbravando as letras, regadas à dança e à festividade. 

Vale destacar os momentos em que Bomba Relógio, Não Mudaria Nada, Todo Dia É O Fim Do Mundo e Se Nem Deus Agrada Todo Mundo Muito Menos Eu tocaram. Com participações especiais de Naira Debértolis, Ju Strassacapa e Helen Malfeitona, o resultado não poderia ser diferente: todos saímos de alma lavada do show de Sebastianismos.

Para finalizar a noite, nada melhor do que uma Malfestona para coroar um dia tão especial. Sem sombra de dúvidas, os porto-alegrenses aguardam ansiosamente pela volta de Sebástian, Nico, Helen, Andrei, Juliana e Malfeitona aos palcos de Porto Alegre. 

Vida longa ao Sebastianismos

(Foto: Joana Berwanger / exclusiva para o Downstage)