Nothing in Between lança disco de estreia recheado de melodias e sentimentos
Reunindo músicos experientes da cena, a Nothing in Between lança seu álbum de estreia misturando post-hc, hardcore e melodia
Reunindo membros de bandas experientes do cenário underground como Children of Gaia, Deeper Than That, Hardly a Heartbeat, One Minute Less e Metade de Mim, a Nothing in Between ganhou vida em 2015, e após um período de quatro anos, finalmente lança seu álbum de estreia.
O álbum homônimo sintetiza as principais influências da banda, que passam por nomes como Comeback Kid, Defeater e Misery Signals, além de firmar a identidade musical do grupo, que por contar com um time de músicos experientes, demonstra segurança em sua sonoridade.
Com 10 faixas e quase 32 minutos de duração, o álbum mergulha no post-hardcore e no hardcore melódico inspirado na cena dos anos 90. Cold Blue Light abre o disco carregada de energia, com um instrumental rápido e com doses cirúrgicas de melodia. Já mostra ao ouvinte o que ele vai encontrar ao longo da obra, despertando o interesse de qualquer fã do gênero.
We Count The Days é mais direta ao ponto, mas sabe emocionar com passagens melódicas precisas no instrumental, guardando momentos imersivos e intensos para o final. Em Dead Tree, a banda deixa as influências de Comeback Kid aflorar e temos uma música de hardcore melódico de encher os olhos.
A primeira a apresentar uma abordagem menos urgente é Restrain The Weakness. Com uma bateria alucinante e momentos mais intensos, onde o instrumental desacelera e o lado melódico brilha, a faixa é um dos destaques do álbum.
Counting Fractions mantém a intensidade e traz os vocais marcantes de Hélio Siqueira, do Institution. Sem dúvidas um dos grandes momentos do disco. There was no hope out there não dá espaço para o ouvinte descansar, tirando ainda mais o fôlego com seu começo acelerado, mas guarda um respiro no meio da faixa, onde a melodia instrumental se faz necessária.
Trazendo vocais limpos em momentos específicos, A Place to Bury Our Dreams é uma canção que brilha na segunda metade do disco, surpreendendo positivamente o ouvinte. In My Own Hell (My Light) e One Thousand Years mantém a qualidade do disco e trazem fortes doses de peso e energia.
Fechando a obra com chave de ouro, temos a faixa Wasted Lives. Outra simetria perfeita entre agressividade e melodia, acompanhada dos vocais marcantes de Giuliano Rosa.
A espera valeu a pena e o disco de estreia da Nothing in Between é consistente e apresenta um nível de qualidade acima da média. É um trabalho que preza pela melodia, com letras que abordam as vivências e traumas da nossa existência. A banda tem um potencial imenso e com uma estreia promissora como essa, tem tudo para se destacar na cena ao longo de 2022.
Para fãs de: Institution, Children of Gaia e Bayside Kings