Wolves At The Gate lança um dos álbuns mais poderosos e comoventes de toda sua carreira

Eulogies entrega melodias que arrepiam, fazendo uma ponte entre o bíblico e o rock

Capa: Solid State Records

Provando que metal pode sim ser cristão, Wolves At The Gate traz em seu quinto álbum de estúdio faixas mais melódicas e até mesmo emocionantes, fazendo uma ponte entre o bíblico e o rock com uma produção excepcional, mantendo uma trajetória musical crescente e madura.

Eulogies é completo, intenso e profundo, mostrando que não é preciso acreditar em forças divinas para sentir os mais surreais sentimentos e emoções através de cada faixa. A banda não tenta esconder as suas crenças neste álbum, mas constrói um storytelling convidando o ouvinte ao questionamento e introspecção. Crente ou não, Eulogies é capaz de arrepiar qualquer um.

(Foto: imanigivertz)

Shadows já começa com riffs eletrizantes, berros intrínsecos e uma bateria incessante. O público já se prende nos primeiros segundos, pedindo mais, muito mais. O refrão é melódico, hipnotizante e faz todos quererem cantar em plenos pulmões. Peace That Starts the War é uma faixa mais profunda, começando com sussurros e escalando até um vocal grave e gritos violentos e arrepiantes. O refrão é envolvente e satisfatório, com um solo de guitarra bem elaborado e de fazer qualquer um bater cabeça. Kiss the Wave já começa mais empolgante, com um vocal limpo e muito “whoah”. É a faixa mais enérgica do álbum, fazendo o público pular e gritar e cantar junto à banda. É uma música que envolve, cativa e seduz, explodindo no final.

Lights & Fire é a faixa principal do álbum. Mais… “calma”, menos metal e mais post-hardcore. A melodia atrai e fascina o ouvinte, trazendo à tona aquela vontade insaciável de cantar e gritar enquanto dança e pula no quarto com o som no último volume. Eulogies é, definitivamente, uma obra prima. Uma das faixas mais bem produzidas do álbum, que comove, alucina e conquista. É impossível não enlouquecer enquanto a ouve. Weight of Glory é uma incógnita. Você ama ou odeia. Ela já começa com berros incessantes, uma batida tenebrosa e é pesada do começo ao fim, intensa a seu modo.

Deadweight é uma faixa cativante, sedutora e sombria. Os vocais limpo e gutural são espetaculares e o ouvinte é capaz de se mover com cada batida. Riffs estarrecedores e uma melodia de tirar o pé do chão. É aquela música que faz o público chorar de emoção enquanto canta. As sensações são intensas e profundas. No Tomorrow é mais lenta, suave, tranquila e emocionante do começo ao fim. Um refrão com um lírico mais denso e consistente. Lágrimas podem escorrer por muitas faces durante os shows, isso é garantido. Stop de Bleeding é bem destoante da faixa anterior, com muitos berros e uma guitarra imparável, com batidas envolventes e uma melodia de enlouquecer, trazendo à superfície os mais diversos sentimentos.

White Flag é uma faixa nada mais nada menos do que linda, com um toque de conforto. O ouvinte se vê cantando sem perceber, com toda a energia que a música emana, sobrepujando qualquer outro som ou qualquer sentimento ruim. Out of Sight começa mais calma, mas vai crescendo até se tornar uma melodia cativante e emocionante, profunda. É mais calma, com um vocal mais limpo e capaz de libertar sensações diversas a cada um que se dispuser a ouvi-la. Arrepiante, arrebatadora, ardente: assim é Embracing Accusation. Mais lenta e melódica, capaz de despertar diversos sentimentos e te levar ao céu. É bonita, suave e traz uma paz jamais sentida.

(Foto: imanigivertz)

Silent Anthem finaliza o álbum de um jeito agressivo e sombrio, com muitos berros e uma guitarra pesada; riffs tenebrosos e uma batida incessante e constante. A melodia gruda na cabeça, o lírico é denso e profundo, levando todos a questionarem muitas coisas. É a faixa perfeita para dar fim ao Eulogies.

O quinto álbum de Wolves At The Gate se apega a temas amplos e abrangentes, levando todos ao próprio questionamento, mas sem alienar ninguém com suas crenças. Com muitas metáforas e histórias, Eulogies cria seu próprio mundo de ideias, cativando o ouvinte e fazendo-o se perder facilmente em cada estrofe de cada faixa nele presente. É um álbum absurdo, arrebatador e impressionante.

Para fãs de: Fit For a King, Hands Like Houses e Memphis May Fire