Formada no início de 2022, a banda de São Paulo terceiro andar começou sua jornada no rock alternativo com as músicas Talvez Seja Melhor Assim e Afeto. No final do mesmo ano, o grupo lançou o single Subliminar e, assim, também deu uma “cara” mais pesada e intensa para sua discografia.

Em entrevista ao Downstage, o vocalista e guitarrista Sid contou sobre a formação e processo de criação da banda, além do caminho que ele e os integrantes seguiram para chegar até Subliminar.

Formação e base

Idealizada por Sid e Cauê Menezes (bateria), ex-membros da banda Manual e amigos de infância, a terceiro andar surgiu após um longo dia de produção em um estúdio. Com isso, também foi desenvolvido o Talvez Seja Melhor Assim, o primeiro single do grupo. “Falando mais por mim e pelo Cauê, a gente teve uma caminhada junto, então acho que essa foi a base pra montar a Terceiro Andar. Depois que a Manual acabou, a gente quis continuar tocando junto, foi daí que surgiu a banda”, contou Sid.

Antes do lançamento de Afeto, a banda já contava com Ju Martinez (baixo) e Michel de Melo (guitarra), que chegaram para completar o time. Os dois também agregaram nas composições através de seus sentimentos e experiências de vida. “A gente já conhecia os outros trampos que o Michel fazia, então quisemos trazer a essência dele pra banda. Acho que a Ju também somou bastante como baixista. A gente sempre admirou muito o trabalho dela como fotógrafa e designer, então a gente achou que, além de musicalmente, artisticamente ela poderia somar bastante também”, explicou o vocalista.

Após a produção do primeiro single, Cauê e Sid passaram por diversos nomes até chegar em terceiro andar, nome com relação a amizade dos dois. “A gente lembrou de alguns momentos de todo o tempo que a gente se conhece, e um deles era quando os pais do Cauê viajavam, e o pessoal colava na casa dele pra trocar ideia. A casa dele tem uma laje, era a sala no primeiro andar, os quartos no segundo e no terceiro a laje. E direto um dos dois falava ‘Vamo pro terceiro andar trocar uma ideia?’, então a gente concluiu que isso significava muito e que soava bem”, detalhou Sid.

Tendo como principais inspirações as bandas Thrice, Movements e Paramore, o vocalista descreveu o som do grupo como um grunge emo moderno. “A gente também tenta trazer alguns elementos diferentes pra não ficar em um único lugar”, complementou ele.

O single Subliminar

O mais recente single da banda, Subliminar, mostra um tom mais pesado explorado pelos integrantes. Ele traz elementos do rock alternativo acompanhado de outros gêneros musicais, sendo eles: o emo, o indie e o grunge.

O clipe da música mostra a sensualidade abordada na letra, que possui mais de uma interpretação. O vídeo a representa através de um cotidiano de um casal, indo de carinhos até discussões, para mostrar, assim, os inúmeros aspectos de uma vida a dois. “O clipe traz a reflexão de que nem tudo são flores, mesmo que a letra, de primeira, traga esse impacto de uma forma bonitinha. Inclusive, quando eu a escrevi, eu tava pensando mais nesse lado positivo, mas o clipe me fez ter outra interpretação. Ele tem um contraste bem legal, o vídeo mostra uns momentos super divertidos e uma treta pesada rolando depois. E acho que, no fim das contas, é isso, é preciso pôr na balança que, independente dos momentos bons e ruins, o que importa é as duas pessoas envolvidas em um relacionamento estar olhando para o mesmo lado”, explicou Sid.

Atualmente, a banda considera Subliminar seu melhor trabalho, isso porque ela traz uma estética diferente das canções anteriores, junto com elementos mais modernos. A música foi produzida no Estúdio TOTH, por Danilo Souza e Fernando Uehara, da banda Bullet Bane. Ela se encontra disponível em todas plataformas digitais.