Quando se trata de Halloween, nada melhor do que aumentar a música até o último volume e deixar as emoções à solta — mesmo que isso soe assustador. Pensando nisso, o Downstage preparou uma playlist sombria com os álbuns que melhor representam a estética da data.

Neles, os fantasmas e abóboras são substituídos por temas muito mais reais, como saúde mental, depressão, amor e o fim do mundo. Então, separe o lápis preto, a meia arrastão e venha nessa jornada de nostalgia e terror.

The Hallowed and the Heathen – Send More Paramedics

Com o aumento do interesse pela cultura de terror e filmes de zumbis, em 2006 Send More Paramedics lançou o álbum The Hallowed and the Heathen, com elementos do horror punk e do hardcore melódico. As imagens de apocalipse e sobrevivência vêm acompanhadas de batidas rápidas, intensas e explosivas — perfeitas para uma noite de Halloween.

Halloween Mixtape – Magnolia Park

Lançado em 2020, Halloween Mixtape chegou em um momento de revival do pop punk e faz uma homenagem ao espírito do Halloween. Com um pé no humor e outro nas travessuras, o disco captura o espírito da data, unindo nostalgia e referências à cultura pop. O álbum, inclusive, já recebeu o carinho do Downstage em uma review de arrepiar.

Graveyard Shift – Motionless In White

Graveyard Shift, de 2017, marca um momento crucial na evolução do Motionless In White durante um período em que a cena estava se diversificando, com artistas explorando novas sonoridades e estéticas. O tom agressivo e melódico se junta a temas como a ansiedade e a pressão social, fazendo do álbum uma experiência emocional intensa identificável por toda uma geração.

The Black Parade – My Chemical Romance

Um clássico é um clássico e não poderíamos falar de Halloween sem citar Gerard Way, o queridinho das fantasias temáticas até hoje. Lançado em 2006, The Black Parade é um marco na história do rock alternativo e retrata as dores da transição da adolescência para a vida adulta. 

Em um período marcado por incertezas políticas e sociais, a banda trouxe os temas da morte, medo, arrependimento e busca por identidade, em diálogo com uma geração que enfrentava suas próprias crises existenciais. Mais que um álbum musical, o disco foi um fenômeno cultural e influenciou a moda e a estética dos anos 2000.

Enema Of The State – Blink-182

Como esquecer de uma das fantasias mais clássicas do Halloween, a inconfundível enfermeira do Enema Of The State? Muito além da estética visual, o álbum que moldou o pop punk dos anos 90 foi também o primeiro trabalho de Travis Barker na banda e captura o espírito despreocupado da juventude com letras humorísticas e som enérgico. 

Assim como crianças que saem para pedir doces ou travessuras, a eterna essência infantil do Blink-182 fica eternizada no álbum que, há décadas, é referência de estilo e criatividade durante o Halloween.

From Under The Cork Tree – Fall Out Boy

From Under the Cork Tree, de 2005, foi um marco na carreira do Fall Out Boy e representa temas como interesses amorosos, inseguranças e a vida de celebridade. Ele mistura a energia do pop-punk com letras mais dramáticas e introspectivas, o que, até então, não era tão comum no gênero. Com certo humor, existe algo divertido e irônico em títulos como I Slept With Someone In Fall Out Boy And All I Got Was This Stupid Song Written About Me e Our Lawyer Made Us Change The Name of This Song So We Wouldn’t Get Sued.

Let It Enfold You – Senses Fail

Álbum de estreia do Senses Fail, Let It Enfold You, lançado em 2006, é a união perfeita da filosofia com o hardcore. Ele traz referências cult, a começar pelo nome, que veio de um poema de Charles Bukowski, e inclui diversas referências cinematográficas. Quando tudo parece bem no exterior, a luta interna de sentimentos do protagonista se transforma em raiva e o deixa em chamas.

Forever Halloween – The Maine

Lançado em 2013, Forever Halloween marcou o início de uma nova fase na carreira do The Maine, que decidiu explorar um som mais maduro e introspectivo nesse projeto. A estética sombria e as letras pensativas são reflexo das experiências de vida e das transições que os membros da banda estavam enfrentando, um dos motivos que os levou a lançar o disco de forma independente. O álbum também já esteve no Downstage antes – não deixe de conferir!

The Silver Scream – Ice Nine Kills

The Silver Scream, de 2018, surgiu em um contexto de crescente apelo pela nostalgia de filmes clássicos e cinema de terror. Nele, Ice Nine Kills traz referências a clássicos do gênero, como Jogos Mortais, Psicose, Sexta-feira 13 e A Hora do Pesadelo, representando as emoções e as experiências humanas que eles evocam. O álbum é uma obra prima completa para os amantes de cinema, Halloween e metalcore.

Project 1950 – Misfits

Assim como o álbum do INK, Project 1950 se inspira em clássicos do rock dos anos 50 e os reformula com influências do estilo horror punk. Lançado em 2003, o projeto mantém a energia crua da banda, enquanto as letras são reinterpretadas à luz do humor e da sensibilidade dos Misfits. Entre os covers, se destacam Diana, Monster Mash, Only Make Believe e Daughter of Darkness. A forma como a banda aborda esses clássicos com uma nova perspectiva faz do álbum uma experiência divertida e eletrizante.

The Drug In Me Is You – Falling In Reverse

O primeiro álbum do Falling In Reverse, The Drug In Me Is You estreou em 2011 e contempla as lutas pessoais do polêmico Ronnie Radke, incluindo questões de saúde mental, vício em drogas e problemas na justiça após uma condenação por homicídio em 2008. Com tanta bagagem emocional, as letras trazem uma honestidade brutal que gerou identificação em uma geração que enfrentava suas próprias batalhas. Apesar de discussões pertinentes sobre separar a arte do artista, a realidade é que o disco ficou marcado como um dos representantes do Halloween e da estética intensa do metalcore.

Life’s Not Out To Get You – Neck Deep

Contrariando outros álbuns da lista, Life’s Not Out To Get You, de 2015, traz uma mensagem de esperança e superação na abordagem de temas como autoconfiança, amor e amizade. O álbum encoraja o público a enfrentar adversidades e encontrar a luz em meio à escuridão: “A vida não está aí para te pegar / apesar das coisas que você passou / o que você dá é o que você recebe / e não faz sentido se virar”. 

The Devil and God Are Raging Inside Me – Brand New

Em 2010, o lançamento de The Devil and God Are Raging Inside Me marcou uma nova fase para o Brand New. O álbum oferece mais perguntas do que respostas ao abordar questões como fé, identidade, complexidade da morte e a luta interna entre o bem e o mal. Depois de os membros da banda passarem por situações de doenças e mortes em suas vidas pessoais, uma mudança significativa era de se esperar para este álbum. Apesar de ser considerado o disco menos emo da banda, ele questionou os limites da música alternativa e definitivamente chamou a atenção – tanto que é um dos álbuns mais memoráveis do grupo até hoje. 

The Used – The Used

Lançado em 2002, o álbum de estreia autointitulado do The Used se destaca em um momento em que o emo e o post-hardcore estavam se consolidando na cena musical. Logo no início do disco, ouvimos sons de guitarra desafinados com o ruído de uma sirene ao fundo, que fica cada vez mais alta à medida que nos preparamos para entrar de cabeça nas melodias. The Used traz letras sinceras e cruas que refletem as lutas da juventude, abordando temas como amor, dor e autoaceitação, provando que a música é um ótimo canal para a angústia adolescente.

We Stitch These Wounds – Black Veil Brides 

A última banda da Trinity of Terror desta lista, Black Veil Brides lançou em 2010 seu primeiro álbum de estúdio, We Stitch These Wounds. As faixas abordam temas sombrios, como a luta contra a opressão, a busca por identidade e a superação de desafios pessoais. Além disso, a estética marcada pela maquiagem pesada, roupas escuras e referências a ícones de terror cria o clima perfeito para revisitar o álbum durante o Halloween.

Confira nossa playlist assustadora com todos os álbuns da lista e mais para entrar no clima do Emo-ween!