Impactando mais uma vez, Can’t Swim lança novo álbum

Change of Plans concretiza a gama criativa que o grupo pode trazer para o público

Capa: Pure Noise Records

Para quem não conhece o Can’t Swim, navegar pela discografia da banda é uma baita de uma aventura. Formada em 2015 na cidade de Keansburg, Nova Jersey, soma sete lançamentos que discorrem entre álbuns e alguns EP’s, começando pelo intenso e enérgico Fail You Again. A aventura se materializa na inconstância que a banda traz em seu som, sempre se reinventando e percorrendo caminhos ainda não percorridos, fato que faz do quinteto uma banda digamos que, completa.

No último dia vinte e dois de outubro a banda liberou pela Pure Noise Records, gravadora desde o início da carreira, seu mais novo álbum, o Change Of Plans, que conta com onze faixas das mais diversas facetas, concretizando, mais uma vez, a gama criativa que o Can’t Swim pode trazer para o público. Pulsante no radar do Downstage, a redação lançou uma review sobre o disco, que você confere logo abaixo:

(Foto: Can’t Swim / Divulgação)

O play inicia com a enigmática Standing In The Dark, que cresce na medida que a música caminha, já apresentando a potência melódica do disco, seguindo para o primeiro riff poderoso do trabalho. A seguinte, To Heal at All, You Have to Feel It All, traz um instrumental trampado e intenso, além de dar um gostinho lírico do que vem pela frente, carro forte do Can’t Swim. A terceira faixa é uma das mais diferentes, por se tratar de algo próximo ao heavy metal, contendo a única participação no disco, traz Caleb Shomo, vocalista da banda Beartooth, para duetar com o vocalista Chris LoPorto, Set The Room Ablaze é explosiva e cheia de vida.

Trabalhando muito com variações de riffs de guitarra, atrelando com uma atmosfera sutil e brilhante, Sense of Humor representa bem a alma da banda. 10 Years Too Late é a faixa perfeita para te tirar do chão e cantar a plenos pulmões, mostrando mais de um ato dentro da track. Primeiro single do Change of Plans, a faixa Deliver Us More Evil, chegou surpreendendo os fãs e ouvintes da banda justamente pela diferença com o último trabalho, o EP de dois mil e vinte, Someone Who Isn’t Me, mostrando uma certa brutalidade dócil, por assim dizer, o que mirou os holofotes para o quinteto logo após o lançamento.

Opposite of God começa calma, mas logo ganha corpo e se torna uma das faixas mais notórias do trabalho, mesclando de forma perfeita o peso, a harmonia e a melodia da banda. Já Better Luck Next Time, é aquela típica música que tocaria facilmente em uma cena de briga de bar em algum filme dos anos dois mil, tendo sua parte enérgica e o alento propositalmente posto no refrão. careless.anxious.neurotic.tired é, com certeza, a faixa mais densa do Change of Plans, abusando de delays nas guitarras, entregando um refrão daqueles grudam facilmente na cabeça.

(Foto: Paige)

Altamonte Explode mantém o ritmo da anterior, mas traz consigo um Q de diferente, onde mantém um ritmo a maioria do tempo, apresentando alguns respiros de sincronia entre as cordas e a percussão. A track que fecha o disco, Everyone I Know, I Hate, é o ponto alto da facilidade que o Can’t Swim tem de acertar em cheio do coração e a emoção de quem ouve, deixando aqui os parabéns para toda a produção do disco, assim como as linhas do vocalista LoPorto, que se manteve nostálgico, e ainda assim, inovou.

O Can’t Swim é uma banda com muito potencial a ser explorado ainda, podendo trazer outros álbuns que facilmente cairão no gosto dos fãs e da crítica. É tempo de experimentar, errar e acertar, e nesse álbum, a banda conseguiu superar as expectativas.

Para fãs de: Trophy Eyes, Homesafe e Belmont